Não vou importunar-vos com os pormenores, nem fazer publicidade a tal disparate, mas reparem nas características de tal profecia:
A) Apresenta uma lista de papas, até ao suposto último papa, que algumas contas fazem crer ser o papa que será eleito agora nos próximos dias. A lista é acompanhada duma pequena descrição de cada papa.
B) A lista diz ter sido feita no século XII e foi encontrada no século XV. Malvada da lista que andou na boa vida...
C) Espantem-se agora: a lista é bem específica e acertadeira nos papas até ao momento em que foi encontrada, no século XV. A partir daí, parece perder os poderes. A única coisa que adivinha é o facto de continuar a haver papas durante mais uns séculos...
Agora, claro, o tal professor e alguns "defensores" da lista argumentam que os acertos da lista entre o século XII e o XV são prova de que a profecia está certa.
Reparem: ninguém sabia da profecia antes do século XV. Aparece a profecia. Espantoso: acerta em papas anteriores ao seu aparecimento, mas afirma que já existe desde o século XII. Milagre!
É como eu dizer, no fim dum jogo, que eu já sabia o resultado, só não quis foi dizer.
Depois há professores que querem vender livros e dizer mal da malvada sociedade que já não dá a importância devida a listas falsas de papas...
(Uma última nota: a profecia diz que o último papa vai chamar-se Pedro. Quase que me atrevo e profedigo que isso não vai acontecer. Quando se souber que o novo papa se chama João, Paulo, Bento, Pio, ou outro nome típico de papa, os defensores deste documento vão, certamente, dizer que esse nome quer dizer Pedro numa língua qualquer. Até aposto que é a na língua maia.)
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